quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

O DIA DO BASTA! – Municípios Mineiros reclamam por maiores repasses pela União.




A Associação Mineira de Municípios - AMM convida para participar de uma grande mobilização de protesto: o DIA DO BASTA! 

Neste Dia, Minas Gerais vai quebrar o silêncio com o grito de indignação dos seus Prefeitos. Será um grito forte. A Voz de Minas, pelos seus Municípios, vai ecoar para além das nossas montanhas para despertar a consciência municipalista adormecida em cada um dos brasileiros! Será no dia 13 de Dezembro, na Assembleia Legislativa do Estado em Belo Horizonte.

A sociedade está clamando por serviços públicos com melhor qualidade e maior quantidade. As manifestações do povo nas ruas deixaram um recado bem claro aos gestores públicos:
Basta!

Na verdade, o Basta! da população reforça a mensagem dos Prefeitos em relação às distorções do Pacto Federativo.

VEJA ABAIXO A ATUAL SITUAÇÃO DOS MUNICÍPIOS:
* os Municípios não têm voz ativa nas principais decisões políticas do país. Embora
sejam entes da Federação não têm voz junto ao Poder Central;

* os Municípios estão bem perto dos problemas, mas muito longe dos recursos, excessivamente concentrados em Brasília;

* os Municípios zelam pela vida cotidiana da população, mas são desconsiderados  face à excessiva centralização do poder e dos recursos, sendo tratados como entes federativos inferiores;

* os Municípios são os responsáveis pela execução de praticamente todas as políticas públicas lançadas pela União Federal, o que exige enorme esforço administrativo  e operacional, além dos custos com contrapartida financeira face o subfinanciamento seus dos programas;

* os Municípios assumem despesas de obrigações dos Estados e da União Federal diante da falta de estrutura de seus órgãos e serviços, em diversos setores;
* os Municípios executam programas federais que se apresentam de forma "pronta", não possibilitando adequações às necessidades locais, o que acarreta eventuais custos financeiros adicionais e ações pouco eficientes;
* os Municípios são praticamente excluídos pelo Congresso Nacional das discussões dos projetos de interesse nacional e local, que não leva em conta as necessidades municipais, mantendo postura  de alinhamento quase automático com os interesses da União Federal, acarretando aos Municípios uma série de obrigações extras com crescente impacto nas suas finanças;

* aos Municípios são apenas destinados, em média, R$ 18,70 de cada R$ 100 arrecadados pelo Poder Público no Brasil;

* os Municípios estão sobrecarregados com dívidas junto à União Federal, especialmente com o INSS, e são tratados pelo fisco como "empresas comerciais" submetendo-se a um verdadeiro cipoal de exigências incompatíveis com o status de ente federativo; e,

* em meio a todas estas distorções, também a crise financeira nacional e a retração da economia brasileira sacrificam os Municípios com a redução dos repasses constitucionais do Fundo de Participação dos Municípios - FPM e  a queda na arrecadação do ICMS.

O povo paga muitos tributos no Brasil, mas aos Municípios cabe a menor parte do bolo e a maior parte das obrigações. Precisamos mudar este quadro!

A reação municipalista precisa sair dos gabinetes e ir às ruas, ao encontro dos cidadãos. Explicar ao povo como funciona a máquina administrativa do país e denunciar o "federalismo de fachada" que sufoca os Municípios é imperioso neste momento.

Minas sempre teve papel decisivo nos momentos importantes e cruciais da nossa evolução histórica. A desfiguração crescente do Pacto Federativo nos coloca numa encruzilhada, exigindo uma tomada de posição séria e à altura das tradições políticas do nosso Estado. Somos 853 Municípios, o Estado com maior número de Municípios em todo Brasil. Temos que despertar a atenção dos responsáveis pelos rumos da Nação e o nosso grito é fundamental para rediscutirmos o Pacto Federativo. Temos que externar e propagar a gravidade da situação instalada nos Municípios mineiros, que não difere dos demais Municípios brasileiros.

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