A maior
derrota da história da Seleção Brasileira ocorreu nesta semifinal de Copa do
Mundo -Alemanha 7 x 1 Brasil. Levar sete
gols em uma partida tão importante foi uma catástrofe tremenda, que sepultou,
da pior maneira, o sonho do hexa em casa.
Passada a
ressaca, é hora de levantar a cabeça e tocar a vida. Com certeza o tempo será
curto para a próxima partida, a disputa de terceiro lugar, em Brasília, neste
sábado, mas é fundamental que haja uma inflexão dentro da equipe e,
fundamentalmente, dentro da CBF e da estrutura do futebol brasileiro para os
anos vindouros.
A CBF
Mexer na
estrutura da CBF é complicado. O próximo presidente da entidade, Marco Polo Del
Nero, que substituirá José Maria Marin em 2015, já afirmou que não fará
mudanças no calendário brasileiro e também não pretende fazer grandes revoluções
no comando da Seleção Brasileira. Sendo uma entidade privada, a CBF esmera-se
em ocultar suas falcatruas, já provadas em CPIs - enterradas no passado e no
presente -, e amplamente documentadas no livro "O lado sujo do
futebol", de Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e
Tony Chastinet.
É preciso,
porém, urgentemente, mudar o pensamento, a filosofia que rege o futebol
brasileiro. Modernizar-se, organizar-se, batalhar por um calendário melhor,
pelo "fair play" financeiro e pela sobrevivência dos clubes pequenos.
Combater a atuação nociva dos empresários nas categorias de base dos clubes e
dos cartolas, velhos "coronéis" do futebol brasileiro que somente
eternizam o modelo arcaico de gestão dos clubes, do início do século passado,
em pleno século XX. Um sopro de esperança vem do Bom Senso FC, mas é preciso
mais ação e resultados.
Amanhã,
podemos voltar a vencer, ser campeões e até mesmo apresentar o tal "jogo
bonito". Mas teremos que admitir, e é fundamental nos resignarmos com
isso, que não somos únicos, que somos apenas mais um "país do
futebol".
Parreira e
Maicon falam da necessidade de reformulação:
A maior humilhação dos cem anos de história da
Seleção Brasileira, que fez o primeiro jogo em 1914, pode servir como largada
para uma reformulação total do futebol brasileiro. Ou pelo menos deveria. É a
opinião de alguns dos jogadores que participaram da derrota por 7 a 1 da
Alemanha, como Maicon.
Para ele, apesar de ser difícil ver algo
positivo nesse momento, é importante mudar porque do jeito que está não pode
continuar.
"Nesse momento cada um tira frutos de
alguma coisa. Claro que tomar sete gols não tem muita coisa boa para tirar, mas
a gente tem de refletir porque as coisas não podem ser desse jeito. É difícil,
mas com certeza alguém vai tirar algum fruto dessa derrota da Seleção e espero
que mude para melhor, afirmou o lateral-direito da Roma (ITA).
Questionado
sobre se é o momento de reestruturar, Parreira foi sucinto. "Temos um
longo caminho pela frente, e é sempre bom recomeçar" disse.
Fonte: brasilpost.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário