quarta-feira, 9 de julho de 2014

Derrota histórica tira o Brasil da final da Copa 2014!

A maior derrota da história da Seleção Brasileira ocorreu nesta semifinal de Copa do Mundo  -Alemanha 7 x 1 Brasil. Levar sete gols em uma partida tão importante foi uma catástrofe tremenda, que sepultou, da pior maneira, o sonho do hexa em casa.

Passada a ressaca, é hora de levantar a cabeça e tocar a vida. Com certeza o tempo será curto para a próxima partida, a disputa de terceiro lugar, em Brasília, neste sábado, mas é fundamental que haja uma inflexão dentro da equipe e, fundamentalmente, dentro da CBF e da estrutura do futebol brasileiro para os anos vindouros.

A CBF 

Mexer na estrutura da CBF é complicado. O próximo presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, que substituirá José Maria Marin em 2015, já afirmou que não fará mudanças no calendário brasileiro e também não pretende fazer grandes revoluções no comando da Seleção Brasileira. Sendo uma entidade privada, a CBF esmera-se em ocultar suas falcatruas, já provadas em CPIs - enterradas no passado e no presente -, e amplamente documentadas no livro "O lado sujo do futebol", de Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet.

É preciso, porém, urgentemente, mudar o pensamento, a filosofia que rege o futebol brasileiro. Modernizar-se, organizar-se, batalhar por um calendário melhor, pelo "fair play" financeiro e pela sobrevivência dos clubes pequenos. Combater a atuação nociva dos empresários nas categorias de base dos clubes e dos cartolas, velhos "coronéis" do futebol brasileiro que somente eternizam o modelo arcaico de gestão dos clubes, do início do século passado, em pleno século XX. Um sopro de esperança vem do Bom Senso FC, mas é preciso mais ação e resultados.

Amanhã, podemos voltar a vencer, ser campeões e até mesmo apresentar o tal "jogo bonito". Mas teremos que admitir, e é fundamental nos resignarmos com isso, que não somos únicos, que somos apenas mais um "país do futebol".

Parreira e Maicon falam da necessidade de reformulação:

 A maior humilhação dos cem anos de história da Seleção Brasileira, que fez o primeiro jogo em 1914, pode servir como largada para uma reformulação total do futebol brasileiro. Ou pelo menos deveria. É a opinião de alguns dos jogadores que participaram da derrota por 7 a 1 da Alemanha, como Maicon.

 Para ele, apesar de ser difícil ver algo positivo nesse momento, é importante mudar porque do jeito que está não pode continuar.

 "Nesse momento cada um tira frutos de alguma coisa. Claro que tomar sete gols não tem muita coisa boa para tirar, mas a gente tem de refletir porque as coisas não podem ser desse jeito. É difícil, mas com certeza alguém vai tirar algum fruto dessa derrota da Seleção e espero que mude para melhor, afirmou o lateral-direito da Roma (ITA).

Questionado sobre se é o momento de reestruturar, Parreira foi sucinto. "Temos um longo caminho pela frente, e é sempre bom recomeçar" disse.


Fonte: brasilpost.com.br

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