O desembargador Wander Marotta concedeu liminar de tutela, suspendendo a greve dos professores das escolas estaduais ontem, para declarar a ilegalidade das ações de paralisação e movimentos grevistas patrocinados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
A principal reivindicação dos servidores da educação em Minas é a implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) de R$1.312,00 (valor atual). A direção do Sindicato explica que o reajuste salarial de 10% anunciado pelo ex-governador Aécio Neves não atende os profissionais. Afirma que, ao contrário do que foi divulgado pelo governador, atualmente temos um “teto salarial” e não piso salarial, ou seja, o valor de R$935,00 corresponde ao total das remunerações. Minas Gerais tem o 8º pior salárial do país.
COMENTARIO: É incrível o descaso com a educação no Brasil, e aqui em Minas esse descaso é ainda maior. Professores recebem como piso menos que um salário mínimo e ainda tem que pagar do próprio bolso condução para poder lecionar nas escolas estaduais!
O que os professores de minas pedem é que seja reajustado o salário pelo piso nacional, que é de R$1.213,00, quase o triplo do que ganham hoje!!
Achei também um cúmulo a liminar que suspende a greve, dizendo ser ilegal. - Então agora cobrar o que é de direito se tornou ilegal? Como é que o cidadão brasileiro e, neste caso, o cidadão mineiro vai poder reivindicar o que determina a própria lei? Ilegal é descumprir a lei... e quem neste episódio a está descumprindo? Os professores ou o Estado, se existe uma determinação nacional prevista por lei? Ademais se sensibilizar com uma classe tão importante para o futuro do país deveria ser uma obrigação dos nossos governantes!
Um comentário:
A Greve terminou sem que os professores fossem atendidos na reivindicação de atualizar o salário base para o valor mínimo espipulado pelo governo federal. Infelizmente nosso governo ainda teima em não dar prioridade a educação em nosso estado. Parabéns aos professores por terem tido a coragem de enfrentar este governo e mostrar a realidade da educação no estado.
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