sexta-feira, 19 de julho de 2013

Primaveras pelo Mundo - Entendendo os Movimentos Populares

Símbolo dos Movimentos : Máscara de Guy Fawkes
Criação do desenhista David Lloyd, coautor da HQ V de Vingança (1982).
Representa Guy Fawkes, inglês condenado à morte por traição em 1605.
Fawkes participou da Conspiração da Pólvora, que planejava explodir o Parlamento durante um discurso do rei James I. - O 05 de novembro, data de sua captura, é celebrado até hoje.

Máscara na cultura pop

Em 2006, V de Vingança foi adaptado para o cinema. Dois anos depois, o movimento hacker Anonymous adotou a máscara para protestar contra a Igreja da Cientologia nos Estados Unidos. O acessório se tornou um símbolo de 2011, quando foi visto em protestos por todo o mundo, como nos movimentos Occupy. Mesmo sendo um ícone anticorporações, a venda da máscara dá dinheiro a uma grande empresa. A Time Warner detém seus direitos autorais.

2011 – A origem dos Movimentos

A história marcou 2011 como o ano em que as pessoas tomaram as ruas de diversos países em uma onda de mobilizações e protestos sociais: um fenômeno que começou no norte da África, derrubando ditaduras na Tunísia, no Egito, na Líbia e no Iêmen; estendeu-se à Europa, com ocupações e greves na Espanha e Grécia e revolta nos subúrbios de Londres; eclodiu no Chile e ocupou Wall Street, nos EUA, alcançando no final do ano até mesmo a Rússia. Das praças ocupadas por acampamentos às marchas de protesto nas avenidas das principais metrópoles, emergiu uma consciência de solidariedade mútua que resultou em toda sorte de material multimídia sobre o movimento na internet, amplamente compartilhado nas redes sociais.

Movimentos Occupy Wall Street

Occupy Wall Street ('Ocupe Wall Street'), OWS, é um movimento de protesto contra a a desigualdade econômica e social, a ganância, a corrupção e a indevida influência das empresas - sobretudo do setor financeiro - no governo dos Estados Unidos. Iniciado em 17 de setembro de 2011, no Zuccotti Park, no distrito financeiro de Manhattan, na cidade de Nova York, o movimento ainda continua, denunciando a impunidade dos responsáveis e beneficiários da crise financeira mundial. Acompanhando outros movimentos Occupy por todo o mundo.

No site occupywallst.org, o OWS é descrito como um movimento de resistência, sem liderança, "com pessoas de muitas cores, gêneros e opiniões políticas. A única coisa que todos temos em comum é que nós somos os 99% que não vão mais tolerar a ganância e a corrupção de 1%. Estamos usando a tática revolucionária da Primavera Árabe para alcançar nossos fins e encorajar o uso da não violência para maximizar a segurança de todos os participantes. Este movimento #OWS dá poder a pessoas reais para criar uma mudança real, de baixo para cima. Queremos ver uma assembleia em todo quintal, toda esquina, porque nós não precisamos de Wall Street e não precisamos de políticos para construir uma sociedade melhor.

Para o Nobel de Economia Joseph Stiglitz, OWS tem poucas reivindicações econômicas, mas luta por uma democracia não controlada pelo dinheiro. Isso o torna revolucionário.

No Brasil

Os protestos no Brasil em 2013 são várias manifestações populares por todo o país que inicialmente surgiram para contestar os aumentos nas tarifas de transporte público, principalmente em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro e que ganharam forte apoio popular depois da repressão violenta e desproporcional que foi promovida pelas policiais militares estaduais contra as passeatas, levando grande parte da população a apoiar as mobilizações.

Atos semelhantes rapidamente começaram a se proliferar em diversas cidades do Brasil e do exterior em apoio aos protestos, passando a abranger uma grande variedade de temas, como os gastos públicos em grandes eventos esportivos internacionais, a má qualidade dos serviços públicos e a indignação com a corrupção política em geral. Os protestos geraram grande repercussão nacional e internacional.

Em resposta às maiores manifestações populares realizadas no Brasil desde as mobilizações pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, o governo brasileiro anunciou várias medidas para tentar atender às reivindicações dos manifestantes e o Congresso Nacional votou uma série de concessões, como ter tornado a corrupção como um crime hediondo, arquivado a chamada PEC 37 e proibido o voto secreto em votações para cassar o mandato de legisladores acusados de irregularidades. Houve também a revogação dos então recentes aumentos das tarifas nos transportes em várias cidades do país, com a volta aos preços anteriores ao movimento.

As manifestações no Brasil seguem o mesmo processo de "propagação viral" de protestos em outros países, como a Primavera Árabe, no mundo árabe, Occupy Wall St, nos Estados Unidos, e Los Indignados, na Espanha.

Apartidarismo e antipartidarismo

Ocorreram manifestações de repúdio à presença de bandeiras de partidos políticos nas manifestações. Os que portavam bandeiras, por outro lado, qualificaram a intolerância às bandeiras partidárias como fascismo.

Para o cientista político Fábio Wanderley Reis, existe neste movimentos uma propensão "anti-institucional" e "antipolítica".

Muitos defendem a presença de partidos em manifestações e criticam o teor anti-partidário existente. No entanto, ainda não está claro se o movimento seria majoritariamente apartidário ou anti-partidário (pra mim claramente apartidário - grifo meu).

Alguns analistas a mando do governo federal levantaram um boato de que essa mobilização social poderia ser tomada por grupos anti-democráticos e fascistas, com o objetivo de sufocar o seu alcance popular. Por outro lado, há também analistas que explicam que apartidarismo não seria um posicionamento próximo do fascismo. Apesar da presença de grupos fascistas nas manifestações, a grande maioria das pessoas não possuía um posicionamento político claro.

Minha opinião: O que percebo é um grande descontentamento por parte dos cidadãos do mundo com as discrepâncias do capitalismo mundial. Ao valorizar os ricos e as grandes riquezas, se esquecem do dever de respeitar as classes mais baixas. Existe uma grande concentração de renda nas mãos de poucos, enquanto milhões estão sendo explorados. Capitalismo selvagem, este é o motivo da maioria das indignações mundiais. No Brasil, além disto, temos o agravante da corrupção desmedida que tira o dinheiro do povo e financia campanhas milionárias para o privilégio de grandes investidores e dos próprios corruptos, enquanto o cidadão comum amarga altos impostos e serviços sociais de baixíssima qualidade, fora os milhões gastos com a Copa! – Resultado: insatisfação geral e o povo nas ruas - Viva a Primavera! Que venham melhores dias, para nós e para o mundo!

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