Minas
não tem constituída a sua Comissão da Verdade, comissão criada nacionalmente
para apurar violações dos direitos humanos no período de 1964 a 1985, durante a
ditadura militar no país. Até o momento, os Estados de Alagoas, São Paulo,
Pernambuco, Santa Catarina, Espírito Santo, Amazonas, Maranhão, Paraná, Rio
Grande do Sul, Rio de Janeiro e Bahia já criaram suas comissões. Minas Gerais e
Tocantins devem criar suas comissões em breve. Além dos Estados, entidades como
a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Federação Nacional dos Jornalistas
(Fenaj), universidades também criaram suas comissões.
Os integrantes da Comissão Nacional da
Verdade apresentam nesta terça-feira 21/05/2013, o balanço de um ano de
atividades. Será às 10h, no Conjunto Cultural Banco do Brasil (CCBB), na
capital federal. Criada para apurar violações de direitos humanos no contexto
da ditadura militar, a comissão completou um ano na última quinta-feira.
Recentemente, os membros da comissão apresentaram à presidente Dilma
Rousseff um balanço das atividades do grupo e as demandas da sociedade civil para
que os trabalhos sejam prorrogados por seis meses.
O decreto de criação do grupo prevê a
conclusão das atividades em maio de 2014. Mantendo-se o prazo atual, a comissão
teria apenas mais seis meses de investigação, pois a previsão é que a fase de
elaboração do relatório dure um semestre.
Um dos motivos que levaram ao pedido
de adiamento foi a pressão de movimentos sociais, da União Nacional dos
Estudantes (UNE) - que também formou sua instância de investigação - e das
comissões da verdade nos Estados, que pediram a prorrogação dos trabalhos para
poder contribuir de forma mais efetiva com os trabalhos.
Os integrantes da comissão também
aguardam uma decisão da presidente Dilma Rousseff sobre a situação do
presidente do grupo, Gilson Dipp, que já entregou seu pedido de desligamento
dos trabalhos. No ano passado, Dipp teve que se licenciar dos trabalhos ao
enfrentar problemas de saúde. Além disso, ele acumula a função com o cargo de
vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com dados revisados pela
equipe da comissão, 268 depoimentos (de vítimas, testemunhas e agentes da repressão
da ditadura civil-militar de 1964 a 1985) foram tomados no primeiro ano de
atividades.
Fonte: terra.com.br/notícias
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